Imagem de Amber McAuley por Pixabay
Certa vez, uma criança de sete anos perguntou à sua mãe, que era famosa apresentadora de programa de TV:
Mãe, por que na tela da televisão você sempre aparece sorrindo e feliz e em casa está sempre séria e nervosa?
A mãe, pega de surpresa, respondeu:
É porque na televisão eu sou paga para sorrir.
E a filha, mais que depressa, tornou a perguntar:
Mãe, quanto você quer ganhar para sorrir também em nossa casa?
* * *
A pergunta da garotinha nos oferece motivos de reflexão.
Por que não sorrir no melhor lugar do mundo, que é o nosso lar? Por que não dar para os nossos tesouros mais preciosos o melhor?
Você já parou para observar um irrigador de grama em funcionamento?
Girando, ele irriga toda a grama à sua volta. Mas quando chegamos mais perto, observamos que a grama que está próxima do irrigador, está seca.
O irrigador molha a grama que está distante de si, mas não consegue molhar a grama que está mais próxima.
Será que em nossa família estamos agindo à semelhança do irrigador de grama?
Se estamos, é hora de mudar com urgência. Verifiquemos que, quando um amigo vem à nossa casa, colocamos um sorriso no rosto.
Procuramos ser prestativos, companheiros, perguntamos como ele está, o que tem feito.
Somos extremamente simpáticos. Nosso rosto é a própria expressão da alegria e da camaradagem.
Batemos carinhosamente em suas costas. Olhamos com respeito e amizade nos seus olhos. Sorrimos e sorrimos muito.
Toda nossa atenção, durante o tempo em que ele está conosco, é para ele. Deixamos as nossas atividades habituais, largamos o jornal, deixamos de assistir o programa de TV de que tanto gostamos.
Termina a conversa, o amigo precisa ir embora e despedimo-nos. Acompanhamo-lo até à porta, ficamos acenando até ele desaparecer na rua.
Agora, voltamos para o interior da nossa casa e para nossa família.
Como num passe de mágica, nosso rosto se fecha, ficamos carrancudos.
Vamos ler nosso jornal em silêncio e que ninguém nos perturbe. Passamos a ser outra pessoa.
Junto ao amigo somos pessoas simpáticas e sorridentes. Junto à nossa família somos antipáticos e exigentes. Por quê?
Será que os nossos amores não merecem a nossa atenção e o nosso carinho?
* * *
Se nos dermos conta de que estamos agindo mais ou menos como um irrigador de grama, revertamos logo a situação.
Ainda hoje, enquanto estamos com nossos filhos, o cônjuge, nossos pais, sejamos alegres.
Conversemos. Interessemo-nos pela vida deles. O que eles fazem enquanto estamos na escola, no trabalho, na rua?
Eles estão com algum problema? Gostariam de contar?
Narremos histórias de bom conteúdo. Relatemos fatos de nossa experiência. E mostremos nosso sorriso.
Sobretudo, abracemos com carinho, beijemos com amor.
Agindo assim, nossa casa se transformará em um lar.
E ainda hoje todos serão mais felizes.
Redação do Momento Espírita, com base no artigo
O próximo mais próximo, de Alkindar de Oliveira, publicado na Revista Espírita Allan Kardec, ano XII, nº 44. Em 14.12.2018.
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